Metodologia de Trabalho

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O PROCESSO SELETIVO E O FUTEBOL
Milhares de garotos tentam, a cada temporada, um lugar
nas categorias de base de um grande clube de futebol.
Para isso, a porta de entrada é invariavelmente a peneira. Contudo, o início da trajetória
está longe de ser o único ponto em que o jogador é submetido a um processo de seleção
baseado em suas habilidades e no seu desempenho momentâneo.
O problema é que a realidade do futebol é composta por inúmeras variáveis de difícil
definição. Essa complexidade torna a avaliação de um jogador um processo árduo e
com enorme margem de erro. Baseado no rendimento do atleta em poucos minutos, o
treinador muitas vezes comete erros no processo seletivo - o lateral-direito Cafú, capitão
da seleção brasileira nas Copas de 2002 e 2006, foi reprovado em 12 testes antes de
ingressar nas categorias de base do São Paulo.
Existem dois tipos de seleção de jogadores em uma equipe de futebol: a seleção para as
categorias de base e a seleção de jogadores como reforços para times de alto
rendimento. Nos dois casos, é fundamental que o avaliador tenha uma noção exata das
necessidades do grupo que ele está formando.
A seleção de jogadores como reforços para equipes de alto rendimento deve acontecer a
partir de uma análise minuciosa sobre o atual momento do elenco. A partir daí, o
treinador deve determinar (em conjunto com a comissão técnica) as carências e
solicitações para complementar as potencialidades do grupo.
Em algumas situações, o treinador deve apresentar uma relação nominal de possíveis
contratações e deixar à diretoria a responsabilidade de concretizar as negociações. Outro
meio é a indicação de atletas ao treinador por meio de um trabalho de profissionais de
observação contratados pelo clube.
Já nas categorias de base, as carências da equipe não estão tão delineadas quanto no
profissional. Por isso, é fundamental que o treinador siga alguns conceitos a fim
de minimizar a margem de erro nas escolhas.
Para escolher um goleiro, por exemplo, o treinador deve procurar atletas com altura,
envergadura, palma da mão grande e reflexos apurados. Além disso, deve priorizar
agilidade e impulsão como características importantes.
Assim como um goleiro, um zagueiro deve ter estatura e impulsão desenvolvida. A
diferença é que suas características precisam ser de recuperação rápida, aceleração e
explosão anaeróbia.
Para um lateral, a estatura é indiferente. Em contra partida, o jogador que o técnico
escolhe para atuar nessa posição deve estar preparado para percorrer longos percursos e
mudar rapidamente de direção. A capacidade cognitiva desse jogador deve ser mais
apurada que das duas posições citadas anteriormente.
A escolha de um volante deve priorizar jogadores com força, habilidade e perfil mais
completo. É importante que os atletas dessa posição consigam unir capacidade de
marcação e habilidade para tocar a bola e fazer lançamentos.
A criatividade também deve estar presente nos meias, mas sem tanta capacidade de
marcação. Além disso, o jogador deve ter raciocínio rápido e domínio técnico de
habilidade e finalização.
A última posição é o ataque. Para escolher um jogador para esse setor, o técnico pode
optar por atletas de habilidade e velocidade ou por atletas com estatura e presença de
área. É importante que eles tenham explosão anaeróbio.
Um ponto comum para todos os atletas é que, além das características físicas, o
treinador deve se preocupar com a postura e o comportamento dos atletas. Esses são
dois pontos fundamentais para minimizar a chance de erro na hora de escolher reforços.

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